Será castigo a solidão?
Porque não posso trazer a mim mesma felicidade?
Não me rendo perante fortes choros e revoltas. Confronto os apertos afiados da saudade.
No fim, valorizo a batalha, beijando minhas feridas e convido o vento que leva a obscuridade
e deixa-me, a mim, eremita, no meu paraíso interior abstracto
onde encontro oportunidade de uma pura e intocável felicidade...
irmã do amor próprio, filha da noção de individualidade.

1 comentário:

Pepper disse...

somos sempre nós os melhores, com ou sem noção disso.
chegamos a um ponto em que tudo se resume a nós e à nossa maneira, tudo depende de nós e vive para nós, cada um tem o mundo por entre os dedos.
e tão fixados estamos em nós próprios que a imagem do outro só é perfeita se for o nosso reflexo. porque nós somos perfeitos, o fruto de todo um hábito e costume de olhar, a nossa imagem. nós projectados nos outros.
é por isso que é difícil encontrar alguém que nos complete. nós estamos mais que completos, queremos é encontrar-nos na outra pessoa.
afinal, é isso que o indivíduo é.